Em entrevista à Tribuna da Bahia, o diretor da AC Comunicação, André Curvello, destacou que o encontro surge como resposta à necessidade de ampliar debates sobre responsabilidade informacional. “Esperamos que o ‘Vozes que Conectam’ contribua para manter temas como comunicação social e integridade da informação sempre presentes nos debates do dia a dia, especialmente neste momento em que a AC completa 30 anos”, disse.
O diretor reforça que a discussão chega em um momento especialmente sensível para o país, marcado por tensões políticas e desafios informacionais. Para ele, a comunicação ganhou centralidade na vida pública e influencia diretamente a construção de percepções sociais. Nesse sentido, Curvello avalia que o setor precisa assumir um papel ativo no enfrentamento à desinformação. “Vivemos uma sociedade polarizada. Essa polarização alimenta distorções e promove informações falsas, as chamadas fake news. É um momento que exige vigilância de todos nós que fazemos comunicação”, afirmou.
Além do debate sobre integridade da informação, o evento também pretende jogar luz sobre os impactos da TV 3.0, novo padrão tecnológico que promete transformar a experiência audiovisual. Curvello ressalta que o avanço tecnológico traz oportunidades, mas também amplia responsabilidades. “A chegada da TV 3.0, o desenvolvimento da inteligência artificial e outras inovações exigem atenção agora, no presente, para evitar consequências negativas no futuro. A comunicação pode nos ajudar a construir um futuro melhor”, disse.
A programação contará com dois painéis principais. O primeiro, ‘A TV 3.0 e a Comunicação: Hoje e Amanhã’, terá participação de Flávio Lara Resende, Fernando Barros, Robson Galiano e Mario Kertész, com mediação de André Dias. A mesa discutirá o novo modelo tecnológico, seus impactos no mercado de mídia e as mudanças no comportamento do público.
O segundo painel, ‘O que a Integridade da Informação tem a ver com a Nossa Vida’, reunirá Wendel Palhares, Renata Vidal, Renato Salles e Marcus Vinicius di Flora, sob mediação de Marcos Machado. A proposta é tratar dos efeitos da desinformação no cotidiano, dos desafios éticos e da necessidade de fortalecer práticas responsáveis no ecossistema comunicacional.
Para Curvello, a variedade de perfis reunidos reforça o valor do encontro. Ele avalia que o setor se consolida justamente quando múltiplas perspectivas se encontram. “A comunicação é um grande guarda-chuva: publicidade, propaganda, relações públicas, jornal, rádio, TV e digital. Reunir profissionais distintos cria um debate mais sólido e fortalece o mercado”, destacou.
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